segunda-feira, 5 de maio de 2008

TRILHOS DO CAMÕES



Hoje estou cansado!
Ou melhor estou com uma dor de pernas do caraças, que tomara eu que não apareça por cá nenhum cliente.
E porquê? Perguntam vocemessês… e muito bem!
Foi do passeio pedestre ou caminhada ou que vocês lhe quiserem chamar, que me “obrigaram” a fazer ontem!
Pois não é me convenceram e ir dar uma volta caminhando…a pé! por aí entre os chaparros, sobreiros e silvados!
Mas, não fui sozinho, não senhor! Fui com os meus compadres, Pingarelha , Carrapato e Piçarreta.
Mas vamos lá explicar bem a coisa:
Andaram por aí uns senhores lá da capital, (deviam ser ingenheros) a pintar umas bandeirinhas e umas setas e coisa e tal, nos chaparros e nas pedras aí pelos caminhos.
E agora dizem que aquilo marca um trilho, portanto os caminhos foram transformados em trilhos lá por esses ingenheros!
O que esta gente lá da capital sabe fazer!
Mas para mim não passam dos mesmos caminhos, que sempre existiram e sempre conheci desde moço. É pena que o sr. presidente da junta não se tenha lembrado de os alimpar, e só agora porque os tais ingenheros dizem que aquilo não é um caminho mas um trilho é que os mandou alimpar!
Mas os caminhos sempre lá estiveram, não foi agora que essa gente os descobriram.
Mas uma coisa que me intriga é porem um nome a estes caminhos. Sim puseram-lhe o nome de: Trilhos do Camões! Mas, será que este também andou por aqui! Foi aqui que perdeu o olho! Não... não acredito, pois sendo ele um poeta teria deixado por aqui seu genes ou descendentes, e nestes anos todos já teria aparecido alguém com dotes de poeta! Pelo que se consta não há por aqui ninguém com essas virtudes! Antes pelo contrário se aparece por aqui alguém armado em poeta ou escritor, é logo apelidado de maluquinho e de todos os nomes imaginários e até excomungado da comunidade.
Mas, diz o nosso presidente que é uma grande obra que fizeram no Pulo da Formiga!
Como que pintando bandeirinhas nos chaparros seja obra!
Bem, mas isto são desabafos de um barbeiro taralhouco. O mais importante foi que me convenceram a dar corda aos sapatos e lá fui eu "inaugurar" os caminhos que tantas vezes já percorri.
Eu, e os meus compadres, cada com a sua botelha espanhola no pescoço à tira colo, eu por acaso levava um refresco de água com aguadente e açucar, mas os meu compadres levaram tinto de Borba.
Foi cansativo e quando chegamos ao final, devo confessar que estava com a larica, e cansado e digo mais, se não tivesse levado o tal referescozito, não sei se chegaria ao fim.
Mas, o melhor ainda estava para vir, aliás até já tínhamos comentado entre nós… como é que o Xico, deixava passar esta festa, (sim que para alguns foi uma festa) e com tanta gente de fora, sem haver o respectivo petisco no final!
Não,... o nosso Xico não deixa os seus crédito por mãos alheias, e eis que lá estava ele (o petisco) à nossa espera!

Foi encher o odre até não poder mais.

Mas, hoje estou aqui que nem posso, com os pés todos “trilhados”.

Zé Mirra

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