A pita da minha vizinha sempre foi muito gulosa e galdéria e sempre gostou de depenicar aqui e ali! Quando era mais nova, várias foram as vezes que saltou a cerca para o meu quintal, mas nessa altura ainda tinha o penacho todo. Na altura não a comi, embora vontade não me faltasse, nem que fosse de cabidela, porque no momento em que me preparava para lhe dar com o pau ou lhe passar por cima, aparecia sempre a minha mulher que andava sempre desconfiada dos meus intentos... de comer a pita da minha vizinha, por isso trazia-a sempre debaixo de olho. Eu confesso ficava-me a babar e a imaginar a papar aquela pita gordinha suculenta e tenrinha!
Os dias e os meses foram passando, e num destes dias de calor resolvi espreitar por uma nesga da vedação que dá para o jardim da minha vizinha, e para meu espanto vi a pita dela escarranchada ao sol e... careca sem qualquer penugem!
Seria por causa do calor esta perda súbita do penacho!
E uma dúvida me desassossegou logo á mente!
Será que o galo que gala esta pita ainda continua a desempenhar as suas funções nesta franga em pele!
Por isso, ultimamente ando à coca armado em voyeurista, e lá vou eu de quando em vez dar uma espreitadela pela nesga para apanhar o galo a galar pita depenada!
Mas... até hoje nada!
Será que não gosta de pitas depenadas!
Bem, eu também se fosse galo não sei se gostaria de galar numa pita em pele… de galinha!
O que teria passado pela cabeça da minha vizinha para depenar a pita!
Ainda não percebi!
Bem se um dia voltar a saltar a cerca para o lado de cá, e se eu conseguir os meus intentos de a papar, já tenho meio trabalho feito, e já não me engasgarei com a penugem!
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Zé Mirra
3 comentários:
Assustei-me com a pita da sua vizinha. Vá lá saber-se porque, mas assustei-me. É que uma pita como essa, só traz chatisses. Sabe, ó Mirra, é que atrás da pita vem o pito!
Rufino Fino Filho
Com uma pinta assim qualquer um perde a cabeça!
Ó Mirra já ouviu aquela musica " doidas doidas andam as galinhas..."
jorge lemos
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