quarta-feira, 18 de junho de 2008

A VILA CONTINUA SECA?



Quase um ano e alguns meses passaram desde que a fotografia acima foi por mim tirada.

Nessa altura queixavam-se os nossos vizinhos da falta de água na vila em que o nome da mesma até já diz tudo!

Isto era um grito do ipiranha desesperado das suas gentes para que o executivo desse mais atenção aos problemas prementes dos vila sequenses e deixasse de dar tanta protecção aos exploradores dos caulinos.
Os velhos exploradores do ouro do far-west americano da América se ainda fossem vivos sentir-se-iam diminuídos em relação a estes mineiros pelas quantidades de produto aqui extraído e transportado!
Hoje um ano quase passou e o problema (se é problema) continua!
Ou melhor parte do problema, porque a falta de água hoje não deve acontecer, uma vez que pelas chuvas de este ano, a charca da minha comadre deverá estar cheia e possivelmente a sua água (se a tiver na altura de maior seca) nem irá ser precisa!
Mas e a questão dos caulinos, como está a coisa!
Mantém-se! Afinal quem quer saber da coisa! Ou melhor a quem interessa!?

Claro...a ninguém, pois então!
Aqui a atrasado ainda houve por aí um compadre desavindo a querer saber mais da tal coisa, mas, abeirou-se tanto da exploração que se estatelou pelo barranco abaixo! Por causa da sua curiosidade está actualmente à espera de ser operado a uma unha encravada no dedo grande do meio do pé direito do lado esquerdo (como se pode ver pela fotografia)!

Por estas e por outras nunca mais ninguém se abeirou do barranco e quis saber das explorações dos caulinos e da falta de água em Vila Seca.

Nem, padres, bispos, papas, presidentes, vice presidentes, vareadores, DECO, GEOTAS, QUERCUS, Os Verdes, os brancos os pretos os azuis e até os vermelhos e muito menos os rosas e os laranjas nem as aves, nem os jornalistas a tempo inteiro ou de fim de semana ou os pseudo-jornalistas tendenciosos ou até o sr. Pinto de Sousa regedor geral do reino, ou o Zapatero nosso vizinho, quis saber desta humilhante situação de um povo oprimido e subtraído, deste bem essencial e fonte de vida; que é a água!

Eu quero ser solidário com estes meus vizinhos amigos e compadres e aqui está esta foto para que o assunto não fique no esquecimento, nem a queda no precipício do meu compadre, nem as suas dores da unha encravada, nem a boca seca dos gritos de agonia de um povo tenham sido em vão!

Pelo menos os meus clientes ficarão alertados.

Assim Seja!

Zé Mirra

Um comentário:

Al Cardoso disse...

Aqui esta mais um a solidarizar-se com o povo da Vila Seca e com o meu amigo!

Um abraco dalgodrense.